Foto: Praça da Liberdade, onde se localiza a sede do atual Governo de Minas Gerais.

 

O crescimento demográfico da RMBH diminuiu nas últimas décadas, embora ainda permaneça superior à média do estado. O crescimento concentra-se cada vez mais nos municípios periféricos, reduzindo-se ano após ano a participação de Belo Horizonte. A principal explicação para esse fenômeno é o reduzido espaço territorial de BH, que encarece o preço dos terrenos na cidade e leva a população a morar em municípios fora da capital mineira.
 
Desde a década de 1980, Belo Horizonte cresce a taxas bem menores que a média da RMBH. Na década de 1990, enquanto a capital cresceu apenas 1,1% ao ano, a RMBH cresceu 3,9%.
 
Os maiores municípios da RMBH são, em ordem decrescente, Belo Horizonte, Contagem, Betim, Ribeirão das Neves e Santa Luzia, que juntos reúnem mais de 80% da população da região metropolitana.
 
A Região Metropolitana de Belo Horizonte possui um Produto Interno Bruto de cerca de 62,3 bilhões de reais. Os setores de comércio e serviços são muito importantes para a RMBH, sendo fortemente concentrados em Belo Horizonte. No ramo industrial, o destaque fica por conta das indústrias metalúrgica, automobilística, petroquímica e alimentícia. A presença do quadrilátero ferrífero na RMBH garante uma participação importante da indústria extrativista mineral no PIB metropolitano. A RMBH é ainda um centro de excelência nas áreas de software e biotecnologia.
 
A produção econômica é altamente concentrada em poucas cidades. Os municípios de Belo Horizonte, Betim e Contagem respondem juntos por 84% do PIB da região metropolitana. Municípios como Ribeirão das Neves e Ibirité, que abrigam elevados contingentes populacionais mas não possuem base econômica com a mesma proporção, funcionam como cidades-dormitório da região metropolitana.
 
A Região Metropolitana de Belo Horizonte foi criada em 1973 pela Lei Complementar Federal n.º 14/73, e, atualmente, é regulamentada por leis complementares do Estado de Minas Gerais(LEC n.º88/2006 e (LEC n.º 89/2006).
 
Dos 34 municípios da RMBH, apenas 13 estão efetivamente conurbados, o que leva alguns especialistas a defenderem uma redução do número de cidades pertencentes à RMBH. Outros argumentam que alguns municípios não-conurbados da RMBH são responsáveis por funções de interesse comum como a preservação de mananciais, devendo, portanto, fazer parte de região metropolitana.
 
A instituição oficial de uma região metropolitana visa a propiciar mecanismos de gestão metropolitana das funções públicas de interesse comum dos 34 municípios que a compõem, tais como o saneamento básico, o transporte público, o planejamento territorial, a habitação, a saúde e a educação.
 
A Constituição Federal determina em seu art. 25, § 3º, que cabe aos estados gerenciar em conjunto com os municípios os serviços e atividades de interesse supra-municipal nas regiões metropolitanas.
 
A legislação da Região Metropolitana de Belo Horizonte foi reformada em 2004 pelo Estado, por meio de uma Emenda à Constituição Estadual. Minas Gerais foi o primeiro Estado do país a criar o conceito de "cidadão metropolitano" em sua legislação. O sistema de gestão compartilhada da RMBH é composto pela Assembléia Metropolitana, pelo Conselho Deliberativo de Desenvolvimento, pela Agência de Desenvolvimento e por todos os órgãos e entidades estaduais, municipais e privadas que executam funções públicas de interesse comum. A sociedade civil, em uma Conferência que ocorre de dois em dois anos, elege dois representantes dos cidadãos metropolitanos para o Conselho Deliberativo.
 
Em Belo Horizonte, o prefeito Márcio Lacerda designou o vice-prefeito Roberto Carvalho para coordenar todas as ações da capital junto a Região Metropolitana. Ele já é membro efetivo do Conselho Deliberativo e participa da GRAMBEL, espaço político fundamental para o debate e busca de soluções para os desafios comuns a todos os municípios.
 
Foi criado também, por iniciativa da Prefeitura de Belo Horizonte, a Rede 10 da qual fazem parte os municípios conurbados ( Sabará, Santa Luzia, Neves, Vespasiano, Contagem, Nova Lima, Ibirité, Brumadinho, Belo Horizonte e Betim), que tem como objetivo identificar os desafios em comum e buscar, juntos, as soluções para problemas nos limites territoriais e nas áreas de segurança, saneamento, saúde, políticas ambientais, transporte, moradia, uso e ocupação do solo, educação, desemprego e qualificação, entre outros.